Após revisão de laudos, caso de varíola dos macacos em Ilhéus volta a ser considerado suspeito; BA tem 5 pacientes confirmados

Ao todo 38 casos suspeitos aguardam diagnóstico laboratorial.

Após revisão de laudos, caso de varíola dos macacos em Ilhéus volta a ser considerado suspeito; BA tem 5 pacientes confirmados
Imagem: Reprodução

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou na tarde desta terça-feira (26), que após revisão de laudos, o caso de varíola dos macacos em Ilhéus que havia sido confirmado, volta a ser considerado suspeito. Diante da informação, a Bahia permanece com cinco casos confirmados.

 

(ATUALIZAÇÃO: Inicialmente, o g1 publicou que seriam seis casos com base em informações divulgadas pela Sesab, por volta das 12h desta terça-feira. No entanto, a pasta informou pela tarde que após revisão dos laudos laboratoriais, o sexto caso voltou a ser considerado suspeito. A reportagem foi atualizada às 17h33.)

Ao todo, o estado possui cinco casos da doença, todos confirmados são residentes de Salvador.

Ao todo 38 casos suspeitos aguardam diagnóstico laboratorial. Os casos em investigação são dos municípios de Barra (1), Ibicaraí (2), Ilhéus (2), Laje (1), Lauro de Freitas (1), Mutuípe (3), Porto Seguro (1), Salvador (18), Santa Cruz Cabrália (1), Santo Antônio de Jesus (3), São Gonçalo dos Campos (01), São Miguel das Matas (1) e Vitória da Conquista (3).

O primeiro registro da doença na Bahia foi no dia 13 de junho, o segundo em 14 de junho e o terceiro na quarta-feira (20). Em todos os casos, as medidas sanitárias de monitoramento dos contactantes próximos, bem como isolamento, são adotadas pelos órgãos de saúde.

Na segunda-feira (25), as secretarias Estadual de Saúde da Bahia e a Municipal de Salvador (SMS) confirmaram mais dois casos confirmados da “Monkeypox” na capital baiana. Ambos os pacientes são do sexo masculino, têm 29 e 34 anos, e tiveram o início dos sintomas em 4 de julho. Nenhum deles precisou ser internado e os dois seguem em tratamento domiciliar, com boa evolução.

 

Sintomas e atendimento em Salvador

 

Casos da varíola dos macacos foram identificados em 75 países, inclusive no Brasil — Foto: Getty Images

Casos da varíola dos macacos foram identificados em 75 países, inclusive no Brasil — Foto: Getty Images

A varíola do macaco pode ser transmitida pelo contato com fluidos corporais, secreções respiratórias, lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas. Há também o risco de contaminação pela utilização de materiais contaminados, como toalhas, roupas de cama e utensílios domésticos contaminados e/ou contato com animais infectados pelo vírus.

Os principais sintomas observados nos indivíduos infectados são febre, dor de cabeça, dores nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, lesões na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo, atingindo principalmente as mãos e os pés. O vírus tem um período de incubação que pode variar de cinco a 13 dias. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas duram de 16 a 21 dias.

Ao apresentar os sintomas da doença, a orientação da SMS é que o paciente busque uma unidade de urgência e emergência. Veja abaixo a lista com os 16 postos de urgência de Salvador que funcionam ininterruptamente, e onde é possível buscar atendimento.

 

UPA Santo Antônio (Roma) UPA San Martin UPA Barris UPA Paripe UPA Periperi UPA Valéria UPA Brotas UPA Parque São Cristóvão UPA Pirajá/Santo Inácio UPA Itapuã PA Orlando Imbassahy (Bairro da Paz) PA Alfredo Bureau (Marback) PA Edson Teixeira (Pernambués)

 

 

O que é a varíola dos macacos?

 

Partícula do vírus da varíola dos macacos — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC

Partícula do vírus da varíola dos macacos — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

 

 

Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o nariz.

Além disso, é importante lavar as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las. Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização. 

Fonte: G1 Bahia 

  • PA Rodrigo Argolo (Tancredo Neves)
  • UPA São Marcos
  • UPA Maria Conceição Imbassahy (Pau Miúdo)
  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.